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Querias um
tempo com as policromias das aves tropicais…
À Súh
Floyd
(Uma amiga
fiel, de há muito tempo)
Todos
os artefactos, de que te rodeias,
desenham
o teu corpo de diva
–
a vertigem de um corpo alado de mulher
a
voar em frente dos espelhos, em círculos
criativos,
a marcar as mutações dos gestos e das poses.
A
franja garrida do cabelo era uma irreverência constante
(e
a mim dizias-me: querido, isto é uma ternura minha)
a
desafiar a ordem estabelecida pelas academias,
que
tu renegaste quando ouviste pela primeira vez a
a
rebeldia a sair de um disco dos Pink
Floyds,
e
tu começaste logo a cantar o Another Brik
in the Wall
enquanto
curvavas o corpo para o auto-retrato do dia.
Os
anéis e os colares étnicos eram os sinais da ancestralidade perdida,
e
tu querias que eu te levasse para os lugares divinos
do
movimento underground, para cantarmos
no Hyde Park
uma
miscelânea de rock psicadélico e surf music…
Querias
ser um ícone a anunciar a ruptura do tempo…
Querias
um tempo com as policromias das aves tropicais…
Alexandre de Castro
Lisboa,
Dezembro de 2015
4 comentários:
Não canso de ler esse poema,que meu amigo fez especialmente para mim. E fico mto grata pelo carinho!! Meu amigo Ale,eu tenho um carinho enorme por VC,e qdo for à Portugal,quero conhecer VC!! Beijos da sua amiga Súh Floyd
Um dos mais belos poemas que li nos últimos tempos! Parabéns poeta! Parabéns Súh Floyd!
meu abraço
Esse poema é muito lindo,meu amigo de longas datas,eu ainda vou conhecer VC pessoalmente!! Beijos Ale ❤❤
Obrigado, "poeta" Maria Gomes. Vindo de si, o louvor tem outro sabor. Os poetas têm uma grande vantagem: entendem-se na exaltação dos sentimentos mais profundos e na maturação das palavras.
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