Dissertação sobre o canto do teu encanto…
[seguido de um postulado
e de um axioma]
O teu canto está no teu
encanto
E o teu encanto vem da
tua alma generosa e bela
que flutua na delicadeza
das nuvens,
entre o Céu e a Terra, e
que nos seduz
na harmonia celestial da
luz.
Pelo teu corpo e pelos
teus poemas
desce lentamente o manto
diáfano da brancura,
com que te vestes.
Sabes conquistar a paz,
no tormento da guerra.
Sabes que todos nós
andamos sequiosos de palavras doces,
tanta é a amargura dos
dias e das noites.
Sabes tudo isso...
E eu não sei como
devolver-te tanta ternura,
que veio agarrada às
palavras e ao teu gesto.
Já não sei...
Apenas posso oferecer-te
palavras quentes,
que já não aquecem,
ideias gastas pelo
tempo,
que já não motivam
florestas de árvores
que já não ardem, nem
incendeiam paixões.
Ainda posso oferecer-te
o universo inteiro dos
meus sonhos,
- os que alimentam a
fome que me consome.
É nele que guardarei o
teu amor,
porque nunca esquecerei
o canto do teu encanto…
Alexandre
de Castro
Lisboa, Dezembro de 2015
Se a catedral que construíste e em que habitas é
"o canto do teu encanto", então, eu fico, para receber a bênção dos
céus. Queimarei 0 Sol que incendeia as areias do deserto, para que os teus
poemas, que tu dizes serem meus, sobrevivam ao esgotamento do tempo.
Postulado
místico-religioso, seguido de um axioma da Física Quântica, que se acrescenta
ao poema e à sua natureza, tendo sido escrito, segundo as Escrituras, e
levando, como garantia sagrada, o selo divino.
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