sábado, 26 de novembro de 2016

Para Fidel Castro…




Para Fidel Castro…


As árvores ficaram despidas e nuas
quando a tua voz se calou na sombra da noite
e os astros incandescentes se apagaram
ouviram-se os pássaros pendurados nos alpendres
e um relâmpago riscou o céu
da Serra Maestra até Havana
a iluminar o caminho da glória
da tua marcha heróica e triunfal…

Agora, junto a tua voz à minha memória
e à memória da voz do companheiro Che Guevara,
o outro astro incandescente da nova aurora
o outro herói da gesta revolucionária
que acendeu em nós a chama da liberdade
e que morreu lutando pelo sonho que sonhou…
Hasta siempre, comandante Fidel Castro…

Alexandre de Castro

Lisboa, Novembro de 2016

domingo, 20 de novembro de 2016

Agarrei o beijo…



Agarrei o beijo…

agarrei o beijo
na volatilidade do ar
e beijei o beijo
como se te beijasse a ti

soprado pelos teus lábios
vinha no enlevo do carinho
e aqueceu o que em mim já estava frio

e depois voou
levando o meu beijo
invertendo o caminho
para chegar ao fim do seu destino
um destino que será o meu…

Alexandre de Castro


Lisboa, Novembro de 2016


sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Homo erectus



Homo erectus

Foi através da mão
que ganhaste o pensamento, oh Homem!...
Lá para trás do tempo da escuridão
enquanto nascia a aurora
e muito depois de seres bípede
a habitar o chão…

Não sei se o milagre
pertence a Deus ou à Natureza
e se o mérito de começares a articular os sons
te pertence por inteiro
e é só teu…

Nada iguala esse enorme feito
de te libertares do mundo irracional
e ganhares o mundo da “razão”.

Ficou escrito nas estrelas
que nascera a Humanidade
e o Tempo começou a ser contado
pelo ritmo dos teus passos
e pelos inventos das tuas mãos…

Disseram os anjos, entre si, que começara a civilização…

Alexandre de Castro

Lisboa, Novembro de 2016