Quando danças à espera do meu abraço…
Pluma
de uma dança esvoaçante, silhueta de luz
flutuante,
na delicadeza dos teus passos
o
corpo a desdobrar-se, ganhando formas
e
sentidos em constantes movimentos.
Ondulações
suaves na busca da harmonia,
cortando
o ar ao
dardejar dos braços,
em
apelos vibrantes ao fogo do meu olhar
e
a cavalgar os hinos de sinfonias mitológicas,
que
decifras a cada instante.
Sinto
o bafo quente que exalas quando falas
desse
teu
corpo que se eleva, suspenso e
tenso,
numa
leveza etérea, ausência da gravidade
que
a todos amarra à Terra,
e
és uma linha firme, o fio de uma lâmina
brilhando
no firmamento,
na
apoteose final do meu abraço…
Alexandre
de Castro
Sem comentários:
Enviar um comentário