Poema aos
ventos dos céus
Ah!... Como é dilacerante
a luta entre o Espírito e a carne
entre a Matéria e o Verbo
a Terra treme debaixo dos meus pés
quando amo
e todos os sonhos do mundo
cabem dentro de mim…
Não há paz no Universo
para meu sossego…
Procuro-te, oh deusa dos céus
dentro da minha visão lunática
que me leva ao princípio dos abismos…
Tudo se apaga à minha volta
e só consigo ver o luzeiro do céu estrelado
e o galope dos ventos cósmicos
que te fecundam…
Alexandre de Castro
Lisboa, Outubro de 2015
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