quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Estátua




Estátua

Não sei se fechei as cortinas
da janela do teu quarto
quando nos medimos
a olhar um para o outro
as mãos estavam inquietas
e nervosas, à espera do teu sinal
e tu continuavas imóvel
como uma estátua
e nunca cheguei a saber
se eras mármore ou granito
à espera que eu esculpisse
o teu corpo em sobressalto.

Alexandre de Castro

Lisboa, Junho de 2007

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