terça-feira, 18 de outubro de 2016

Máscara carnavalesca…



Máscara carnavalesca…

Esqueci-me do meu fato de fantasias
neste Carnaval em que me envolvo.
Não afivelei a máscara
ao rosto de todos os dias…

E como eu me sentiria estranho
no meio daquela gente mascarada!
Não me reconheceria no meu rosto verdadeiro…

Todos olhavam para mim
por certo revoltados
por eu usar a máscara
com que amanheço todos os dias.

Máscara real
colada à minha pele e aos meus sentidos
que se ri na alegria
e que chora nos prantos consentidos.

Máscara que faço e desfaço, a meu belo prazer
nas contas que eu faço com a vida…

Alexandre de Castro

Lisboa, s/ data
(Provavelmente do início da década de oitenta, do século passado).

Recuperado do esquecimento em Outubro de 2016. Foi um dos meus primeiros poemas.

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