Máscara
carnavalesca…
Esqueci-me do meu fato de
fantasias
neste Carnaval em que me
envolvo.
Não afivelei a máscara
ao rosto de todos os dias…
E como eu me sentiria estranho
no meio daquela gente
mascarada!
Não me reconheceria no meu
rosto verdadeiro…
Todos olhavam para mim
por certo revoltados
por eu usar a máscara
com que amanheço todos os dias.
Máscara real
colada à minha pele e aos meus
sentidos
que se ri na alegria
e que chora nos prantos
consentidos.
Máscara que faço e desfaço, a
meu belo prazer
nas contas que eu faço com a
vida…
Alexandre de Castro
Lisboa, s/ data
(Provavelmente do início da
década de oitenta, do século passado).
Recuperado do esquecimento em
Outubro de 2016. Foi um dos meus primeiros poemas.