Gostava de escrever-te
um poema de amor…
Gostava
de escrever-te um poema de amor
um
poema quente, terno,
um
poema diferente,
um
poema para além do tempo
e
que tu guardasses no espelho do teu quarto
como
uma relíquia sagrada, como se fosse
uma
manifestação de Fé.
Mas
começa a faltar-me o horizonte
para
além dos dias…
…
Falta-me
o eterno segredo das árvores seculares,
que,
mesmo estando mortas,
continuam
hirtas,
continuando
de pé
como
se estivessem vivas…
Alexandre de Castro
Lisboa,
Janeiro de 2016
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