quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Gostava de escrever-te um poema de amor…



Gostava de escrever-te um poema de amor…

Gostava de escrever-te um poema de amor
um poema quente, terno,
um poema diferente,
um poema para além do tempo
e que tu guardasses no espelho do teu quarto
como uma relíquia sagrada, como se fosse
uma manifestação de Fé.
Mas começa a faltar-me o horizonte
para além dos dias…
Falta-me o eterno segredo das árvores seculares,
que, mesmo estando mortas,
continuam hirtas,
continuando de pé
como se estivessem vivas…

Alexandre de Castro

Lisboa, Janeiro de 2016

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