Lisboa é uma cidade de brilho e de luz, de azuis
cintilantes, mas as suas verdadeiras pérolas encontram-se nos pormenores das
ruas e vielas, nos cruzamentos das esquinas, na intimidade dos largos, nas estátuas, nas
praças e nos segredos guardados nos palácios - e que ninguém vê. É necessário aprender, para
saber sentir e viver o deslumbramento que Lisboa desperta.
domingo, 17 de dezembro de 2017
quinta-feira, 14 de dezembro de 2017
Recuso fazer a contabilidade da morte...
Recuso
fazer a contabilidade da morte...
Recuso fazer a sinistra contabilidade
da morte, que companheiros ceifa,
o tempo escurece nas saliências da memória
e as flores da primavera já não são as mesmas
esgotam-se as incandescências da luz
que vestimos na juventude,
a endoidecer os astros
que nos acusavam aos deuses
das nossas tropelias e rebeldias…
Era o tempo puro da liberdade das aves
que não queriam morrer na praia nem no deserto…
Era a vida a pulsar nos punhos,
no turbilhão do sangue
e que agora morre, irremediavelmente,
no turbilhão do Tempo.
Alexandre de Castro
Lisboa, Dezembro de 2017
domingo, 10 de dezembro de 2017
Oração poética
Oração
poética
Quando se fala de caridade
deve falar-se de fé e ideologia
e de
Isabel Jonet*
que trabalha de graça para Deus,
embora o Nazareno,
sem saber a tabuada,
lhe tenha feito uma partida,
baralhando o jogo
com o milagre da multiplicação dos pães...
Alexandre de Castro
Lisboa,
Dezembro de 2017
*Directora
do Banco Alimentar Contra a Fome
Subscrever:
Mensagens (Atom)