Nos destroços da
demência e da memória…
E
eu, no meio da minha cegueira,
entre
as linhas que nos separam,
digo-te
esta mentira, que reclamas:
“já
me esqueci de ti...
Nunca
te amei, desde que te vi.
Nem
as feridas eram verdadeiras,
nem
os beijos ardiam nos meus lábios,
nem
os poemas, que te dediquei, eram meus.
Tudo
era falso”.
…
E,
agora, nos destroços da demência e da memória,
sofro
com a verdade, porque sempre te amei…
Alexandre
de Castro
Fevereiro de 2017